Lá se passou mais um 5 de Outubro. 100 anos depois, penso que está na altura de fazer um balanço do que foi a vida da República neste período, ainda convidámos o Vítor Pereira para este trabalho, mas ele estava ocupado a ver o filme do jogo Guimarães-Porto e a rir-se da conferência de imprensa de Villas Boas. Assim sendo, terei que ser eu, mais uma vez, a levar a cabo tal tarefa.
Vamos lá então à análise: temos uns primeiros 16 anos de grande actividade, próprios de uma adolescente púbere, com várias trocas de “namorados”, mais concretamente, 45. Segue-se depois um período de maior contenção, um amadurecimento típico da idade, que durou 48 anos, onde a República se casou com um senhor conservador vindo de Santa Comba. Diz-se que, passado pouco tempo, a senhora República arrependeu-se desse casamento, pois era muito nova e não conhecia muito da vida quando se casou. Estava, portanto, longe de imaginar que seria vítima de violência doméstica e que o seu marido, juntamente com um gang de amigos, apelidado de
PIDE, lhe iam fazer a vida negra, apesar de ter enriquecido bastante. No entanto, por volta de 68, a senhora República, vendo que seu marido estava a começar a ficar velho e senil, refugiou-se no seio de um amante, vindo da Beira Serra, e mais liberal que seu esposo. No princípio as coisas correram bem, mas o fantasma do seu marido e a desconfiança do gang de amigos deste, complicaram as coisas. Foi então que, em 1974, o caso de violência doméstica de que a dona República foi vítima, veio a público, assistindo-se a uma fo
rte pressão popular que culminou no divórcio que a República tanto desejava. Seguiu-se, então, um período de grande promiscuidade na vida da dona República, que se tinha visto privada da sua liberdade durante o seu casamento de 48 anos. Apesar de já ser uma senhora dos seus 64 anos, neste período são-lhe conhecidos mais 10 novos casos amorosos, em apenas nove anos. É então que, aos 73 anos, a senhora República resolve assentar, devido à sua já provecta idade. Nos 21 anos seguintes, a sua vida foi mantida com grande estabilidade e sem grandes escândalos amorosos, estando a fortuna que herdou, dos tempos do seu casamento, a ser gerida e administrada por duas grandes empresas capitalistas, a
PS e a
PSD. No entanto, nos últimos 8 anos, talvez devido à senilidade própria da idade, a República decidiu entregar a sua fortuna nas mãos de gente pouco honesta e incompetente. Um dos administradores, por ela escolhido, fugiu do país passados dois anos, o outro gostava mais da noite do que de trabalhar, o actual... bem, lá vai tentando, sem muito jeito... E é assim que chega a República aos 100 anos: falida, senil, moribunda e possivelmente com sífilis.
“Ai óh Maionese, depois de tão brilhante e completa análise por ti efectuada, à laia dos melhores historiadores nacionais, talvez não fosse má ideia voltarmos à Monarquia!” diz o leitor que já não troca de roupa há mais de 3 dias.
Calma, pá! Vamos com calma! Olha, pronto... aquele já me está a começar a ensaiar as vénias... epá, isto só visto!... Deixa-te disso, homem! Antes de começarmos todos a usar collants outra vez, vamos pesar os prós e os contras, ok? Pode ser? Óptimo... vamos lá então.
Monarquia versus República- Prós e Contras:
Rei: Aqui é complicado... Se por um lado um Rei é um gajo que, desde que põe as patas fora do útero da mãe, é preparado para governar o país, por outro é normalmente filho de primos direitos, o que faz com que, às vezes, um Rei se lembre de nomear o seu cavalo para Primeiro Ministro do Reino. Se por um lado tem o contra de ser um título hereditário, o que faz com que o povo pouco tenha a dizer na escolha do seu “chefe”, por outro lado... este é o mesmo povo que elegeu o Durão Barroso... portanto aqui tenho que dar empate.
Imagem: Aqui a Monarquia fica claramente a perder. Primeiro, devido à consanguinidade elevada que existe no seio das famílias monárquicas, é bem possível termos um Rei com o sex appeal da Odete Santos. Depois, olhando bem para os dois “candidatos” a Rei que temos neste momento... Um deles tem um bigode que é, possivelmente, o pior bigode da história dos bigodes. Um bigode que não tem personalidade, um bigode que parece que só lá está para segurar o nariz do Duarte, um bigode para o qual se olha e dá logo vontade de ir comprar 100 litros de manteiga de Karité... O outro... o outro é um caga-tacos com um corte de cabelo que faz lembrar uma catatua. Não dá!
Títulos: Outro ponto contra a Monarquia. Na República, o chefe de estado é um Presidente. Na Monarquia, um Rei, para além de ser Rei, tem também uma catrefada de nomes parvos como Marquês de Vila Viçosa ou bailio grã-cruz da Ordem Soberana de Malta, o que, para além de não servir para nada, é estúpido. O que raio é um grão-mestre da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa?
Competências: Mais um ponto para a República. Neste momento temos um Primeiro Ministro tão competente que se conseguiu formar a um domingo. No pólo oposto, temos dois candidatos a Rei em que um deles pilotou aviões na guerra colonial, guerra que perdemos, e em que o outro canta fado mas vende menos discos que o Rouxinol Faduncho.
Relações Internacionais: Reticentemente... tenho que atribuir o ponto para a República. É certo que o nosso Primeiro Ministro não é, propriamente, um poliglota, é certo que o seu "Espanhol Técnico” não é o melhor, é certo que o nosso Presidente usa expressões como “the escaping goat” mas... se nem os portugueses percebem o que diz o D. Duarte, imaginem os estrangeiros! E não podemos correr o risco de ter o Câmara Pereira a cantar a Rosinha dos Limões a meio de uma Cimeira Internacional!
Potencial Humorístico: Ponto para a Monarquia. É certo que a República nos proporcionou grandes momentos de humor, como quando Santana Lopes chegou ao poder, mas o que dizer de Nuno Câmara Pereira, o homem que proferiu a frase “sou um monárquico de esquerda!”? E já viram a quantidade de trocadilhos que dá para fazer com o nome Duarte Pio? Imaginem que o D. Duarte tem que discursar mas está afónico, “D. Duarte perdeu o Pio!”! Ah ah ah! Às vezes até me faço rir a mim mesmo...! Ai eu...!
Ideologia Política: Irrelevante...
Posto isto, mal por mal, mais vale continuar com a República, digo eu...
Agora... está é na altura de mudar o símbolo, é que, parecendo que não, a mulher dos seios descobertos já tem 100 anos e ninguém gosta de olhar para peitos descaídos e enrugados. Vejam lá isso, pá!